E para quem gosta de ler, aí está a transcrição do podcast. Esse é um podcast destinado aos clientes da Avenue. O texto aqui é apenas uma transcrição e Tais comentários não devem ser visto como qualquer tipo de recomendação de investimentos.
**ONTEM**
S&P500 se manteve durante todo o dia no território positivo com alguns fatores: (i) otimismo em relação aos dados vindos da pandemia, que dá sinais de que o pior (pico) já passou; (ii) expectativas de que haja, de fato, um corte coordenado de produção de petróleo entre OPEP e países não-membros o que levou o petróleo a subir 10.9%; (iii) o anúncio da suspensão da campanha presidencial do senador Bernie Sanders, autointitulado socialista democrático, contribuiu para diminuição da incerteza em relação às eleições de 2020, dado que o candidato do partido democrata (e adversário de Donald Trump), Joe Biden, apresenta propostas mais moderadas e tem experiência no poder executivo por ter sido vice-presidente de Barack Obama
- S&P: +3.4%
- DJ: +3.4%
- Nasdaq: +2.6%
- Ações e Setores: todos os setores em alta hoje, e 3 deles já caem menos de 10% no ano: Tecnologia (XLK -7.1%), Saúde (XLV -7.4%) e Consumo não discricionário (XLP -8.6%). No dia, destaque para o setor de Energia (XLE +6.7%),
- Petróleo +10%
- O dólar O dólar fechou em queda contra o real, nesta quarta-feira, 8, pelo terceiro dia consecutivo, queda de 1,6%, cotado a 5,143 reais.
**HOJE**
Coronavírus: número de novos casos no mundo atingiu 1.5 milhão, mas os dados indicam uma desaceleração tanto na Europa quanto no estado de NY. Os modelos que, há algumas semanas, previam entre 100 e 240 mil mortes nos EUA foram atualizados e agora mostram um intervalo de 31 a 126mil óbitos no país ( https://covid19.healthdata.org/ ). Ontem já se falava em conversas a respeito da reabertura das economias com Alemanha se juntando à Itália no debate de um plano, além do próprio governo americano que desenha uma volta à normalidade.
Mas hoje as coisas já mudam de figura com a Itália podendo estender o bloqueio por duas semanas depois de um aumento de infecções…as restrições provavelmente continuarão no Reino Unido; tivemos os novos casos também aumentaram na Alemanha; Cingapura está implementando medidas mais rígidas de distanciamento social após um salto nas infecções; o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul disse que o vírus pode estar “reativando” em pessoas que se recuperaram.
- Na Ásia bolsas maioria em altas, exceção feita ao Japão onde bolsa ficou no 0%; destaque para Índia com +4%
- Bolsas na Europa em alta exceção a França que cai 0.3%..o stoxx 600 sobe 0.25%
- Futuros apontam queda de 0.5%
- Petróleo salta 5% na expectativa de acordo na reunião da OPEP
- Peso mexicano
**DESTAQUES**
ETF DE DIVIDENDOS
Nos últimos 3 podcasts comentei sobre 7 ETFs de dividendos confiram. Tem ETF de REIT, ações preferenciais, internacional, além de 4 alternativas no mercado americano.
PETRÓLEO e INVESTIMENTO ÁRABE
Hoje temos uma reunião das mais importantes dos últimos tempos que sucedem movimentos que não víamos a muito tempo no petróleo…na verdade eu por exemplo nunca tinha visto essas oscilações de forma continuada, realmente estamos vivendo um momento único para commodity.
Ontem tivemos notícias interessantes… 1) Russia dizendo que está pronta para cortar produção em até 1.6 milhão de barris por dia; 2) Ministro de Energia da Algéria, presidente da OPEP, afirma que a reunião de amanhã será frutífera e as medidas tomadas amanhã ajudarão a rebalancear o mercado.
Petróleo no início do ano atingiu $65, caindo para $19 (~70%) e das mínimas já se recuperou 38% – para quem não lembra o USO é o etf que permite exposição ao petróleo.
Mas uma notícia merece destaque a meu ver: o Fundo Soberano da Arábia Saudita adquiriu participações de cerca de $1 BI nas 4 maiores empresas de petróleo europeias – Equinor (EQNR), Royal Dutch Shell (RDS.A), Total (TOT) e Eni (E) segundo reportagem do WSJ. O fundo tem $300BI…então é uma participação pequena, mas ainda assim chama atenção.
Outra compra: 8.2% da Carnival Corp (CCL) que ainda acumula queda de 75% da máxima a mínima.
DISNEY (DIS)
A Disney anunciou na quarta-feira que o Disney +, seu novo serviço de vídeo, agora tem mais de 50 milhões de assinantes. Isso é quase o dobro do que a Disney reportou em 4 de fevereiro – 26,5 milhões de assinantes. Ou seja, a empresa dobrou em 3 meses em meio a crise do corona. No after a ação salta 6.5%. O Disney + foi lançada no Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria e Suíça nas últimas duas semanas, informou a empresa. Também foi lançado na Índia na semana passada. O Netflix ainda é o gigante nesse segmento com 167 milhões de assinantes sendo 60 nos EUA.
Ações da Disney ainda acumulam 30% de queda ante máxima do ano com a ação cotada a mais de $148 – atualmente está em $101 tendo se recuperado cerca de 25% desde a mínima. Atualmente ela negocia a um P/L “normalizado” de 17x o que é menos que o S&P em 20x. A Disney tem algo como 6.8 BI em caixa e mais de $ 50 BI de dívida…não é pouco, mas . Não uma dívida que não pode ser desprezada, em $ 50BI, mas a questão é que a empresa sempre foi uma máquina de fazer dinheiro com fluxos de caixa livre da ordem de $9BI ao ano, e uma relação dívida líquida/ebitda de 2.4x o que não é nenhum absurdo. Investimentos sempre envolvem risco, mas a Disney parece muito bem posicionada para atravessar esse momento difícil com seus parques fechados, os quais representam 33% das receitas da empresa, que tem ainda receitas com ESPN, ABC, HULU, vendas direta ao consumidor e agora o Disney+.
Disclaimer: O conteúdo deste podcast é apenas para fins informativos, não serve como recomendação de compra ou venda de qualquer título na Avenue ou em qualquer outra conta. Ele também não é uma oferta ou venda de um título. Também não são relatórios de pesquisa e não servem como base para qualquer decisão de investimento. Todos os investimentos envolvem riscos e o desempenho passado não garante resultados ou retornos futuros.
Era isso.
Aquele Abs.
Twitter: @willcastroalves
Instagram: @willcastroalves
Linkedin: William Castro Alves