E para quem gosta de ler, aí está a transcrição do podcast. Esse é um podcast destinado aos clientes da Avenue. O texto aqui é apenas uma transcrição e Tais comentários não devem ser visto como qualquer tipo de recomendação de investimentos.
**ONTEM**
Ontem tivemos um dia sem grande tendência com dados econômicos mistos. Se por um lado foram registrado um aumento de 36% nas vendas de casas novas em Julho, por outro a confiança do consumidor norte-americano caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto atingindo o menor nível desde 2014, devido ao desemprego e às incertezas sobre estímulos federais à economia.
- Dow: -0.21%
- S&P: +0.36%
- Nasdaq: +0.76%
- Setores: melhor desempenho para o XBI de Biotech com alta de 1.2%, além do SOXX de semicondutores com alta de 1%. Na ponta oposta o XLE de energia caiu 1.41% e o XLU -0.95% sendo os destaques negativos.
- Dólar: Num dia marcado pelos bons resultados das contas externas brasileiras e por dados econômicos fracos nos Estados Unidos, o dólar teve a maior queda em uma semana. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (25) vendido a R$ 5,527, com recuo de R$ 0,067 (-1,19%).
**HOJE**
As bolsas mundiais operam com menos vigor nesta quarta-feira, principalmente na Ásia, depois de dias mais favoráveis no início desta semana. Os investidores estão mais cautelosos em meio a novos surtos de Covid-19, enquanto aguardam o discurso do presidente do Banco Central norte-americano, o Fed, na quinta-feira.
- Asia: China, o Shangai SE fechou em queda de 1,30%, enquanto no Japão, o índice Nikkei 225 caiu 0,03%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 0,11%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,02%.
- Europa: Bolsas europeias têm alta leve. Stoxx Europe 600 sobe depois que Alemanha estendeu um programa de subsídios para manter empregadas milhões de pessoas que perderam trabalho na pandemia.
- Futuros: S&P futuro opera perto estabilidade com investidores refletindo sobre o ritmo recente das ações e revisando as expectativas.
- Petróleo segue negociado acima de US$ 43 na medida em que o furacão Laura atinge as principais instalações de refino na Costa do Golfo dos EUA.
- Moedas têm desempenho misto e pares do real como lira, rand e peso mexicano indicam leves ganhos.
- Agenda: pedidos de bens duráveis as 9h30 e estoques de petróleo as 11h30
**DESTAQUES DE ATIVOS**
BALANÇOS
Hoje: Salesforce (CRM), Medtronic (MDT), Intuit (INTU), Autodesk (ADSK), BestBuy (BBY), Hormel Foods (HRL)
Quarta: Tiffany (TIF) e Trip.com (TCOM)
BESTBUY (BBY)
Reportou ontem um resultaod que bateu as expectativas do mercado tanto para Receitas quando lucro, com vendas de $9.9BI ante $9.7BI esperados, sendo esse o maior aumento trimestral em vendas online de todos os tempos. As vendas online aumentaram 242% nos EUA em comparação com o ano anterior. Em termos de lucros ela alcançou $432MM ou $1.71/ação excluindo alguns itens não recorrentes vs $1.08/ação esperado. SSS veio em 5.8%, a maior em 2 anos e isso mesmo com as lojas abertas para visitação apenas através de hora marcada…mercado esperava +2.3% esperado.
Ainda assim as ações caíram 4% ontem. Por quê? (i) Eles deram um outlook menos promissor olhando para frente citando um pouco de tudo, taxa de desemprego, fim dos estímulos (cheques do governo), etc; (ii) parte dos bons números de vendas também se referem aos pais que tiveram que preparar os filhos para o início do ano letivo online, algo que não acontecerá no próximo trimestre; (iii) maior reabertura de lojas trará mais custos para eles; (iv) ações vinham de uma alta de mais de 30% no ano. No ano as ações sobem 29% com a empresa avaliada em 29BI e negociando a 20x lucros.
SALESFORCE (CRM)
Empresa soutou um resultado que bateu com folga as estimativas dos analistas com lucros de $1.44/ação vs $0.67/ação esperados e $5.15BI de receitas vs $4.9BI esperados. Ações da empresa saltaram 13.7% no after. Se confirmar isso durante o dia, vão acumular alta de mais de 45% no ano. Empresa vale 168BI negociando a 84x lucros e em 31 de agosto ela substituirá a Exxon Mobil na composição do Dow Jones Index que é composto de 30 empresas de grande porte americanas. Receitas deles saltaram 29% na comparação anual. Olhando os segmentos que ela atua: as receita do seu Sales Cloud que ajuda os gerentes e managers de empresas monitorarem seus negócios e que hoje respondem por 25% do total cresceu 13% YoY; o produto Service Cloud mais focado em suporte ao cliente também responde por outros 25% e teve um aumento de receita de 20%YoY; a categoria Plataforma e Outros da empresa, que inclui o software de visualização de dados Tableau, adquirido pela Salesforce no ano passado por US$ 14,8 bilhões, teve crescimento de mais de 65% YoY e responde por outros 30% das vendas. Números muito fortes e que devem continuar, pois os seu backlog de contratos aponta para outros $15.2Bi de receitas, numero esse que também bateu as expectativas do mercado de $14.09bi. https://rb.gy/xkzy83
PAPA JOHNS (PZZA)
Empresa reportou números de vendas em agosto mostrando um forte crescimento de vendas de 24% em agosto na América do Norte, beneficiada pela procura cada vez maior do delivery e o fato de Pizza ser um tipo de refeição que já tinha a tradição/cultura do delivery. Além disso eles anunciaram a contratação de mais 30 mil colaboradores. Eles já haviam reportado crescimento de vendas de 28% no último trimestre e maio foi o melhor mês da história da empresa. 70% das vendas deles se dão no canal online e no 2T eles adicionaram 3 milhões de novos clientes. Eles estão com praticamente todos seus restaurantes abertos nos EUA e das 2100 franquias espalhadas no mundo 150 foram fechadas e as demais abertas. Negócios deles também vão muito bem no Reino Unido. Ontem as ações da empresa caíram 0.7%, mas no ano acumulam alta de 56% no ano com a empresa avaliada em 3.2BI negociando a 270x lucros. Para fins de comparação a Dominos (DPZ) negocia a 37x e é avaliada em 16BI. https://rb.gy/7wcldf
PEQUENAS E LUCRATIVAS?
Lá em junho eu fiz uma série chamada “Desconhecidas e Lucrativas” no qual abordei 11 empresas que muitos não conhecem, que não estão no radar dos investidores, mas que chamam atenção com números sólidos em termos financeiros e que suas ações acabam repercutindo isso no mercado. Se tratavam de empresas 20, 30, 40BI de valor de mercado. Ontem eu comecei uma série com empresas menores de até 10BI de valor de mercado – as pequenas e lucrativas. Ressalva: empresas menores enfrentam mais dificuldades em momentos de crise; além disso o fato de terem sido lucrativas no passdo não garantem que serão no futuro.
GRACCO INC. (GGG)
O que faz: A Graco Inc. fabrica e comercializa sistemas e equipamentos usados para mover, medir, controlar e pulverizar fluidos e materiais em pó em todo o mundo. De fato é uma segmento bem específico mas com atuação diversos segmentos. Por exemplo, no setor industrial os sistemas dela são usados para pulverizar espuma de poliuretano e revestimentos; selantes, adesivos; sistemas de moldagem de resina. Ela também fornece equipamentos para controles de circulação de tinta; revestimento de vários componentes….bombas para mover e dispensar produtos químicos, óleo e gás natural, lubrificantes e outros fluidos…Enfim é bem ampla a atuação dela, assim como diversificado o leque de clientes. O slogan fala muito a respeito da atuação deles: “Graco is part of your everyday life”. Em termos de receitas 48% vem do segmento de construção, 16% da indústria e 11% automotivo. Empresa atua no mundo todo sendo 61% na Am do Norte e 22% Europa e Oriente médio. A empresa fundada em 1926 e está sediada em Minneapolis, Minnesota.
Números: Empresa entregou um crescimento de receitas médio de 5.5% nos últimos 20 anos. Nos últimos 10 anos as receitas saíram de 650MM para $1.5 BI ou seja quase multiplicou por 3x. Lucros não seguiram uma linha reta e estável, mas também cresceram saindo de 80MM para $270MM no mesmo período. Com exceção do 4T16, ela seguiu entregando lucros desde 2005 pra cá em todos trimestres. Empresa entrega um ROE de 26% e o ROI de 30%. Empresa tem em caixa praticamente o mesmo valor da dívida, ou seja, não é nada alavancada. Nos últimos anos 8 anos ela fez 16 aquisições, média de uma a cada semestre! Teve um resultado ruim no 2T por conta da desaceleração na indústria e autos,além do impairmente de uma operação no UK mais focada em oil e gás. Mas no atual plano estratégico deles eles miram crescimento de 12% de receitas e lucros para os próximos anos.
Ações: Ações sobem 11% no ano, 32% em 12 meses, 152% em 5 anos e em 10 anos +380% vs 190% do S&P. Com isso, hoje as ações negociam a 37x lucros e mesmo olhando outros múltiplos não pode ser considerada barata. Ela vale 9.5BI na bolsa americana. Dividend yield de 1.2% pagando dividendos ininterruptos deste 1993!
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