E para quem gosta de ler, aí está a transcrição do podcast. Esse é um podcast destinado aos clientes da Avenue. O texto aqui é apenas uma transcrição e Tais comentários não devem ser visto como qualquer tipo de recomendação de investimentos.
**ONTEM**
Vamos falar do fechamento de quarta, já que ontem, quinta-feira, não teve negociações devido ao feriado de thanksgiving nos Estados Unidos.
Os mercados encerraram em misto, depois que alguns índices continuaram renovando máximas históricas, devido ao otimismo de possíveis novas vacinas, uma transição mais tranquila entre os presidentes americanos e um governo mais pró conversa com a China do que retaliação. Porém, um misto de dados econômicos ainda deixa em aberto a pergunta se vai ter um estímulo amplo ou não para continuar sustentando a recuperação econômico dos Estados Unidos.
- Dow: -0,58%
- S&P: -0,16%
- Nasdaq: +0,47%
- Setores: Na quarta, destaque para os setores: Biotechs XBI com alta de (+0,69%), Utilities XLU com leve alta de (+0,22%) e Tecnologia XLK com leve alta de (+0,20%). Já na ponta negativa, a gente teve Petróleo XLE com queda de (-2,41%) e Materiais XLB com queda de (-1,05%).
- Economia: No dia antes de ontem, a gente teve pedidos de bens duráveis, que cresceram 1,3% no mês de outubro em relação a uma projeção de crescimento de 0,5%. Também tivemos PIB americano, que cresceu 33,1% no terceiro trimestre, levemente abaixo da estimativa de 33,2%. Pedidos iniciais de seguro desemprego decepcionaram, com 778mil novos pedidos, enquanto, se esperava 730mil novos pedidos. Porém, venda de novas casas em outubro ficaram em 999mil e bateram as projeções.
- Dólar: Quarta-feira, o dólar encerrou o dia em queda, cotado a R$5,32 (-1,01%). No cenário externo, repercutiu um possível novo pacote de estímulos e a transição mais tranquila entre os presidentes americanos. No cenário interno, ficou um sentimento de que uma vacina pode estar pronta em breve, o que ajudaria na reabertura da economia brasileira. https://rb.gy/k6xilq
**HOJE**
- Ásia: No continente asiático, as ações operaram em alta durante a sessão na madrugada de hoje, após dados mostrarem que as empresas chinesas aumentaram seus lucros em 28,2% em outubro em relação ao mesmo período anterior. Além disso, os mercados ainda estão de olho nos ensaios da vacina, na esperança de sair algo ainda este ano. Logo, o índice de Shangai fechou com alta de (+1,14%), enquanto no Japão, a Nikkei fechou com alta de (0,40%).
- Europa: Na Zona do Euro, as ações abrem em misto, com um pouco mais de cautela em relação a sessão asiática. AstraZeneca e a universidade de Oxford estão sofrendo várias perguntas de como foram os seus testes da vacina, as ações da Astra até caiam 1% no premarket de hoje. A Euro Stoxx subia leve (+0,24%), hoje as 7:30h da manhã no horário de Brasília. Enquanto a FTSE 100 (Inglaterra) caia (-0,50%). Já a DAX (índice alemão) subia levemente (+0,13%) e a CAC 40 (índice francês) subia (+0,37%).
- Futuros: Os principais índices futuros americanos amanheceram em leve alta, também repercutindo a cautela dos mercados europeus. O índice futuro do S&P 500 subia leve (+0,13%) e o futuro do Dow Jones subia leve (+0,15%), hoje as 7:30h também.
- Agenda: Hoje não temos nenhum dado relevante pessoal. Vale ressaltar que os mercados americanos encerram suas negociações mais cedo, devido ao feriado de ThanksGiving (ações de graça) nos Estados Unidos. Logo, atendimento funcionara até as 16h de Brasília, deposito e retirada normal, compra e venda de ativos até as 15h de Brasília também. Dia 30, segunda-feira, todos os serviços retornam normalmente.
**DESTAQUES DE ATIVOS**
HP (HPQ)
Hoje eu começo com uma companhia no qual eu comentei brevemente na última live diária com os nossos clientes. Mas que vale um comentário maior sobre ela aqui no podcast. Ela vende notebooks e diferentemente da sua concorrente, apresentou um bom resultado. Vou comentar o resultado da HP (HPQ). Suas ações fecharam na quarta com alta de (+2,30%).
A companhia foi beneficiada pelo aumento de vendas de notebooks devido ao home office. Entregou uma receita de $15,3 bilhões, batendo as estimativas e 1% de queda em relação ao mesmo período anterior. Mas para entender melhor o resulta da HP, a gente precisa entender como ela funciona hoje. Se engana, quem pensa que ela só vende notebook e impressoras (apesar de influenciarem bem o resultado dela).
Quando olhamos para a receita de sistemas pessoais, a gente nota que ficou estável em relação ao quarto trimestre de 2019, mas quem puxou a receita para o estável foi o crescimento no total de unidades vendidas de notebooks, que cresceu 25% no trimestre. O que joga o resultado para baixo e pressiona suas receitas, é a unidade de impressão, que continua indo mal. Inclusive, teve queda de 3% no trimestre nas receitas.
De qualquer maneira, ela conseguiu entregar um lucro por ação de $0,62 cents, acima das estimativas e com alta de 3,3% no ano contra ano. Além disso, ela anunciou um aumento de 10% no pagamento de dividendos e comentou que já gerou cerca de $1,6 bilhões de retorno para seus acionistas em forma de recompra de ações e pagamento de dividendos, só neste último trimestre.
Para quem não conhece ou não se lembra, a HP é uma companhia de hardware e software, e ela atende tanto o usuário comum, que seria eu ou você em sua residência, como também pequenas, médias e grandes empresas. Eu brinquei no início com a questão de impressas, mas como vocês devem ter percebido, hoje notebooks e computadores tem um peso relevante nas suas receitas, bem mais que impressão. Além disso, ela fornece tablets, estações de trabalho (working station), sistemas de venda para varejo, monitores e outros produtos e serviços.
Fundada em 1939 e com sede na Califórnia. A HP hoje vale cerca de $30,5 bilhões, opera globalmente em praticamente todos os continentes e chega a empregar 56mil funcionários. Somente no ano passado, ela chegou a entregar %58,7 bilhões de dólares em receita. https://rb.gy/izfza0
TIFFANY (TIF)
A próxima companhia, é uma varejista de acessórios de luxo. A gigante Tiffany (TIF), apresentou seus resultados do terceiro trimestre de 2020 e superaram as estimativas também. Suas ações encerraram com leve alta de (+0,05%) na quarta.
Segundo a varejista, seu resultado foi beneficiado devido a maiores vendas no continente asiático. Sendo as vendas na China, aumentaram mais de 70% no trimestre. Isso é bom presságio para as varejistas de luxo em relação ao que pode ser as vendas de final de ano. Uma vez que até elas, sofreram um pouco com toda essa crise, por ter um foco maior em lojas físicas.
A companhia entregou uma receita de $1 bilhão, praticamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2019 e acima das estimativas. No final de outubro, praticamente todas as suas 320 lojas em todo mundo, já operavam abertas ou parcialmente abertas. Porém, em novembro, 60% das suas lojas na Europa, fecharam novamente devido a novas restrições.
A companhia comentou também que o seu lucro por ação ficou em $0,98 cents, batendo as estimativas e com alta de 50,7% frente ao mesmo período anterior. Como isso foi possível? Graças a uma boa gestão de custos e despesas pessoal. O custo do produto vendido ficou em $364,7 milhões, uma queda de 6,2% vs 3T19. E as despesas gerais e administrativas (O SG&A) ficou em $478,5 milhões, queda de 5,6% vs 3T19 também. Isso ajudou ela a entregar um lucro operacional melhor e consequentemente, um lucro líquido melhor.
Porém, nem tudo são flores, a varejista tentou ser realista ainda com a situação, com o número de casos voltando a aumentar em diversos países, volta aquela incerteza sobre outras novas restrições. Logo, ela comentou que prevê uma queda de meio dígito nas vendas do melhor trimestre para o varejo. Vale ressaltar, que os analistas esperam uma queda de 3% nas vendas para a varejista.
Para quem não conhece a Tiffany, ela é uma varejista de acessórios de luxo, que vende brincos, colares, anéis e outros produtos voltados para um público com maior poder aquisitivo. Vale lembrar também, que ela está sendo comprada pela LVMH que é uma holding francesa de artigos de luxo, dona das marcas Moet Hennessy e Louis Vuitton. Após o deal, a LVMH vai se tornar uma mega gigante do segmento de moda de luxo.
Fundada em 1837 e com sede em New York. A Tiffany emprega pouco mais de 14mil colaboradores e em 2019, entregou cerca de $4,4 bilhões em receitas anuais. Atualmente, o seu valor de mercado é de aproximadamente $15,9 bilhões. https://rb.gy/ajyr2u
DEERE COMPANY (DE)
A próxima companhia, é uma fabricante e vendedora de máquinas agrícolas e para construções. A Deere Company (DE) também apresentou seus resultados na última quarta, referente ao seu quarto trimestre e bateu as estimativas. Entretanto, suas ações encerraram com queda de (-1,94%).
A companhia reportou uma melhora significativa no seu resultado, após ter sido fortemente impactada ao longo do ano por conta do Covid-19. Sendo que as demandas por suas máquinas ficaram mais apertadas, aos passos que muitos dos seus clientes também começaram a passa por dificuldades.
Ela reportou $9,7 bilhões, batendo as estimativas, mas ainda com queda de 2% no ano contra ano. Olhando todo o ano, ela entregou $35,5 bilhões em receitas totais, que caíram 9% em comparação ao ano fiscal de 2019. Todavia, estamos falando de um ano complicado para muitas companhias. Ela conseguiu apresentar uma melhora neste trimestre, mesmo com vendas de equipamentos caindo 1% e agricultura caindo 8%.
Por conta de uma boa gestão de custos e nas despesas gerais e administrativas, mais cortes em pesquisa e desenvolvimento. Ela conseguiu apresentar um lucro por ação de $2,39 dólares, batendo com folga as estimativas e crescendo 5,2% em comparação ao mesmo período anterior. Ela deu um guidance (uma projeção) muito favorável para seu ano fiscal de 2021, mostrando recuperação nos principais mercados que ela atua e esperando vendas maiores entre 10-15% em comparação ao seu ano fiscal de 2020.
Como eu tinha comentado antes, essa companhia além de vender máquinas agrícolas, ela vende tratores, carregadeiras, escavadeiras e outras máquinas voltados para florestas e ainda tem a parte de aluguel de suas máquinas. Logo pessoal, ela ganha tanto na venda quanto com aluguéis. A parte de serviços financeiros não se limita só a aluguel também não. Esse segmento chega a oferecer financiamento a revendedores, financia conta de cobranças no varejo e pode fornecer garantia estendida para equipamentos.
Ela é outra empresa centenária, fundada em 1837 que conta com pouco mais de 73mil colaboradores, tem uma receita anual de quase 4$0 bilhões de dólares e um valor de mercado de aproximadamente $79,4 bilhões de dólares. https://rb.gy/zrbwx5
Vou ficando por aqui pessoal, hoje tem sala de análise as 9:30 comigo. E as 10:15 com o Bo Williams, passando em vários gráficos. Quem quiser me seguir nas redes sociais, o meu instagram é @brenobonani e o twitter é @breno_bonani. E quem quiser seguir o William no twitter ou instagram é @willcastroalves. Por fim, desejo a todos um excelente dia e um ótimo final de semana! Forte abraço!!
Era isso.
Aquele Abs.
Twitter: @willcastroalves
Instagram: @willcastroalves
Linkedin: William Castro Alves
Disclaimer: O conteúdo deste podcast é apenas para fins informativos, não serve como recomendação de compra ou venda de qualquer título na Avenue ou em qualquer outra conta. Ele também não é uma oferta ou venda de um título. Também não são relatórios de pesquisa e não servem como base para qualquer decisão de investimento. Todos os investimentos envolvem riscos e o desempenho passado não garante resultados ou retornos futuros.