Bom resolvi fazer um resumo de alguns ativos aqui…não são sugestões de compra tá…são só opiniões ou comentários em ativos diversos… vamos a eles:
(i) HGTX3
Empresa reportou um resultado ruim, com top line fraco que é um indicador que mercado olha pra varejo….MAS, muito em linha com o esperado pelo mercado…
Consenso: Receita de 347MM; Ebitda 48MM e 14% de margem; LL de 43MM e 12% de margem
Apesar da reação negativa inicial, creio que muito dessa perspectiva ruim já estava incorporada. Achei muito boa a melhora na geração de caixa livre da empresa (de 8MM no 3T15 pra 27MM). Acho isso importante porque hoje tu pega a empresa livre dos investimentos que fez nos últimos 12 meses (Planta nova e CD em Goiás, implantação do SAP e controle de estoques, retrofit das lojas), que não tem dívida e forte geradora de caixa…não a toa ela anunciou dividendos. Conference confirmou essa expectativa.
Me parece um call bem honesto…comprar uma empresa com caixa líquido; que já passou pelo momento de investimentos e readequação de estoques, com um nível de retorno bom (ROIC caiu pra 15%, mas e se voltar pros 20% de outrora?); negociando a 13x lucro ante a média de 20x do setor…ahh o Gávea já comprou as suas
(ii) TAEE11
Empresa arrematou alguns lotes no leilão de linhas de transmissão de sexta. Num consórcio com a TRPL (Taesa – 50%, CTEEP – 50%) elas levaram o lote 3 do leilão com uma oferta sem deságio em relação à RAP prevista pela Agência (R$ 106,6 milhões). O lote 3 se refere a uma linha de transmissão com 338 km localizada nos Estados da Bahia e Minas Gerais. Além disso, levaram outra linha de transmissão de 208 km de extensão de Minas Gerais com uma oferta também sem deságio (R$ 71,4 milhões). Somadas elas representam um incremento de ~6% nas receitas da TAESA. Not a BIG deal, mas é algo…é um crescimento num setor com margem elevada e bom retorno.
Não obstante tem outra coisa que gosto em Taesa…não, não é o seu elevado Yield (~13% pros próximos 12 meses)….é o fato do overhang (pressão vendedora) da Cemig ter passado.
No mais é um ativo com receita recorrente e bom percentual de distribuição dos lucros (payout) e seguro. Ahhh tem outra coisa, a queda de juros favorece ela pelo lado do endividamento atrelado a CDI.
(iii) PAPELEIRAS.
Olho vivo nelas…alem dos resultados de FIBR agora na segunda, os preços de celulose começaram a subir…junta isso com o movimento de câmbio e POW! Papeis pra cima. Preço de celulose subiu US$15/t em 2 semanas e o management da Suzano falou em novas elevações. Se tivermos anúncio de fechamento de capacidade então pode ter certeza que esses papeis andam!
(iv) VLID3:
Ando por fora do papel, mas é excelente empresa….também trigada pelo dólar…logo, se esse subir é um papel que se beneficia. Li que a Casa da Moeda tem um leilão dia 08/12 em que a Valid parece que irá se candidatar para operar o sistema que controla a saída de cigarros no Brasil afim de evitar evasão fiscal. Enfim pode ser uma nova frente de receitas para empresas e agregar valor para o seu business…logo suas ações podem repercutir isso. All in all é papel bom, bom pagador de dividendos.
(v) VALE
Li bastante coisa sobre as commodities estarem surpreendendo na China…tipo o caso do Alumínio que fez spike recentemente porque uma nova legislação na China diminuiu o volume transportado e gerou uma certa falta de alumínio nas industria…especuladores se aproveitaram e puxaram a commoditie. Isso é só um exemplo.
Li também essa análise do minério e dólar australiano…gap fechou…eai será que esse minério segue para o alto e avante? E qual a implicação disso pra Valeska? (créditos para a bela e competente analista dinamarquesa: Aurelija Augulyte @auaurelija)
(vi) CGRA4
Ao que tudo indica resultado de Grazziotin vai ser porrada! Quem duvida? A melhor, mais barata e mais fechada empresa do varejo brasileiro segue muito bem…lá no interior do meu Rio Grande…mas bah! Deusolivre tchê!