Olá pessoal, hoje é Guilherme Zanin escrevendo e vamos dar uma olhada nos principais acontecimentos do mercado internacional:
FOGUETE AMERICANO
Não foi apenas Jeff Bezos que decidiu voar para lugares mais altos, mas a bolsa de valores americana também continua sua trajetória ascendente. Na semana passada tivemos o SP500 e o Nasdaq renovando máximas históricas, enquanto a bolsa brasileira sofreu mais um pouco, mostrando o descompasso entre as economias desenvolvidas e os mercados emergentes. No gráfico abaixo podemos notar a diferença entre os índices ao longo de 2021:

IBOVESPA SOFRENDO…
Uma matéria divulgada na semana passada pelo Valor Econômico ganhou destaque na mídia ao ressaltar que a bolsa brasileira apresenta a pior performance do mercado internacional. Seja por causa do cenário político conturbado em 2022 ou a inflação elevada de forma disseminada na economia, a medo local permeia o mercado e tem afugentado os investidores.

Para corroborar com este cenário negativo, ainda tivemos a divulgação dos dados do PIB brasileiro referentes ao 2º. trimestre. Em meio a uma recuperação global pós pandemia, o Brasil demonstra inesperadamente um recuo trimestral, mostrando que mesmo com um ritmo de vacinação elevado e reabertura da economia, o país demora para conseguir engrenar o crescimento de forma concisa.

FUGINDO DO BRASIL E INDO PARA O EXTERIOR…
Exatamente por entender que o cenário interno está conturbado, que os grandes gestores de recursos brasileiros têm incrementado a exposição das suas carteiras a ativos internacionais. Um mapeamento realizado pela Economatica dá uma dimensão desse movimento. Em julho, 5,24% dos recursos sob gestão do setor estavam em investimentos no exterior, o maior percentual da série histórica, e o volume financeiro alocado pelos fundos lá fora alcançou R$ 316,3 bilhões, 29,2% superior a dezembro de 2020, e 37,9% acima da cifra observada em julho do ano passado.

MAS E A BOLSA AMERICANA NÃO ESTÁ CARA?
Como todo bom economista, tendo a responder sempre com a palavra “DEPENDE”. Mas se eu preciso ser mais conciso, existe um gráfico que mostra que não. Veja os preços absolutos do SP500 em verde (cotação que você vê no mundo real) vs. o preço ajustado pela inflação monetária M3 em vermelho (ou outro indicador de inflação que você pode escolher):

Você vê normalmente apenas linha verde, pois estes são os preços nominais, mas veja a linha vermelha ajustada em 2008, quando houve a Crise Financeira e em 2020 na pandemia. Esses foram momentos em que o Federal Reserve e outros bancos centrais começaram a imprimir dinheiro para salvar as economias. Ao você ajustar pela inflação, o SP500 mal se recuperou desde 2007. Apesar de termos impresso mais dinheiro hoje do que na época, nossa base monetária era maior… no relativo na época foi impresso mais dinheiro na época que hoje porque a base era menor monetária. Se a bolsa americana atingir recordes em termos absolutos, no relativoo ainda tem muito chão para recuperar.
E SE NÃO ESTÁ CARO, QUAIS SÃO AS PREOCUPAÇÕES DO MERCADO…
Você quer saber o que tira o sono dos gestores dos grandes fundos de investimento durante a noite?
Vamos começar observando uma pesquisa realizada com eles relacionada aos “riscos de cauda”, ou seja, que podem impactar significativamente o mercado internacional nos próximos meses.

No estudo do BOFA, o principal temor dos investidores ainda é a inflação, mas em menor magnitude que o mês anterior. Essa queda demonstra que o mercado está olhando os números elevados, mas entende que este risco pode estar sendo mitigado à medida que novos dados vão sendo divulgados. E o mesmo vale para o segundo lugar, o chamado risco de “taper tantrum”. Mas afinal, o que é este Taper Tantrum?

Para quem não conhece, Taper Tantrum se referente ao pânico 2013 que desencadeou porque os investidores descobriram que o Federal Reserve estava lentamente reduzindo em seu programa de flexibilização quantitativa (QE). Isso levou o mercado a elevar as taxas de juros e o mercado de ações acabou sofrendo no curto prazo naquele período.
Com medo de que isto possa acontecer novamente levou o presidente do FED Jerome Powell a atentou acalmar antecipadamente os mercados, na semana passada em Jackson Hole. Entretanto o principal catalizador para os investidores se isso poderia acontecer de verdade ou não eram os dados do Payroll divulgados nesta sexta-feira.

Os números de empregos divulgados pelo Payroll mostraram que a economia americana adicionou apenas 235.000 em agosto, e a taxa de desemprego caiu de 5,4% para 5,2%. Os economistas esperavam que 720.000 empregos fossem criados em agosto, e também surpreendeu o salto de 0,6% na média da remuneração horária, o dobro do esperado.
Ao reportar números uma surpreendente desaceleração no ritmo de criação de empregos em agosto, os números sinalizam que o Federal Reserve pode ter menos probabilidade de reduzir seu programa de compra títulos agora em setembro, enquanto espera para ver se é uma reação temporária ao surto de Covid no verão ou um problema mais profundo para a economia. Isso pode fazer com que os estímulos monetários americanos continuem a empurrar o mercado de capitais para cima e a taxa de juros americana continue baixa, não ocorrendo o taper tantrum.
SEMANA POSITIVA, NOVIDADES POSITIVAS!
E para finalizar a semana de uma forma mais feliz ainda, na semana passada divulgamos a lista de espera para o nosso cartão virtual na Avenue. Se você for cliente, basta se logar no site que você já vai ver uma aba chamada banking. Lá é só seguir o passo a passo e ao longo das próximas semanas você vai receber o seu acesso, sem custo nenhum e nenhuma taxa de anuidade. Se você já era um investidor global, agora você terá uma vida financeira completa no exterior, então não perca essa oportunidade!

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Era isso pessoal, aquele abraço e uma ótima semana!!!