Um olhar latino mostra que num mundo atemorizado pela paralisia e falta de opções para lidar com a deflação, a América do Sul possui sua dinâmica própria. Nosotros somos locos por ti inflação! Aquela que corroi o poder de compra das pessoas..uma novela quase mexicana de ódio mas que parece amor, dado nosso envolvimento histórico com o dragão chamado inflação! Não só de brasileiros, mas também uruguaios e colombianos. Nem preciso citar o caso de argentinos e venezuelanos neh.

Mas o post é sobre o Brasil.
Focus dessa semana apontou para os 7,59%. Já vinha dizendo que dado certa inércia inflacionária (memória dos agentes) aliado ao componente estatístico advindo de uma economia extremamente indexada, ficaria dificil ter uma inflação de 10% num ano (2015) e ver a mesma baixar significativamente no ano seguinte.
Por isso sugiro os 8%. Logo quando pensarem seus investimentos, um título que pague 14,25% (Selic) gera uma renda real de na verdade 6,25% real. Mas lembre-se que sempre a risco dessa inflação ser mais ou menos aquilo que pensamos. Pois bem, hoje no Tesouro Direto tu encontra título pagando inflação +6,9%, algo em torno de 14,9% se os 8% se materializarem. Nada mal! Em 10 anoos teu capital praticamente dobra (+95%) de valor em níveis reais, já considerando o efeito da inflação. Ou seja, alem de proteger seu capital você alcança ganhos reais!

Aproveite os juros nesses níveis. Brasil não ficará na M pra sempre e esses juros altos também não vão durar para sempre. Não a toa o Tesouro Direto cresceu 80% ano passado! Na tentativa de controlar inflação com juros “altos” governo tem conseguido é aumentar o apetite por essas aplicações. Vale aproveitar.